AS PALAVRAS
Estão-se despindo as árvores no meu quintal
Parece que morrem devarinho
Mas não
Poupam-se
como os ursos nas grutas
Como os discursos que se guardam
Por serem certeiros demasiado
Para serem ditos.
Inúteis as palavras
Quando não há ouvidos para ouvirem.
Quanto mais gritares, menos te ouvem.
Protege-te debaixo da chuva,
Porque é lá fora que está a ameaça.
Sem comentários:
Enviar um comentário