Poema da servidão voluntária
Escutas o ruído o silêncio dos dias parados?
Das servidões e dos queixumes?
No lugar dos cruzamentos em que te sentas à espera?
Faz-te ao caminho!
Enfrenta as feras
Das hipocrisias
A lama das palavras
Que tu jamais dirias!
Eia! Alevanta-te e caminha
Abre com o sonho sulcos
No granito das cobardias
E deixa que a solidão fique sozinha!
Olha o mundo como se ele fosse obra humana
Sem interferências estranhas de conveniência
Vê com olhos de ver o senhor e o servo
E lê no olhar daquele que te engana!
Trata bem a ovelha e o carneiro
O coelho e a galinha tonta
Porque não somos tão diferentes assim.
Gaiolas, currais, códigos de conduta,
Falo de ti, dele e de mim.
Porém, um dia, essa história acaba
E a verdadeira história vai começar!
Para apresá-lo rompe os laços d`aço
E dá aquele passo
Que dá carácter a um manequim!
Sê humano, sim,
Porém respeita as árvores,
As flores e os frutos,
E enxota o Mal
Que arde na alma dos brutos!
Por fim,
Deixa-te de ilusões tradias
E cultiva o teu jardim!
---------Nozes Pires----29/12/2022
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