segunda-feira, 22 de maio de 2023

Poema- Servidão voluntária

 

Poema da servidão voluntária

 

Escutas o ruído o silêncio dos dias parados?

Das servidões e dos queixumes?

No lugar dos cruzamentos em que te sentas à espera?

 

Faz-te ao caminho!

Enfrenta as feras

Das hipocrisias

A lama das palavras

Que tu jamais dirias!

 

Eia! Alevanta-te e caminha

Abre com o sonho sulcos

No granito das cobardias

E deixa que a solidão fique sozinha!

 

Olha o mundo como se ele fosse obra humana

Sem interferências estranhas de conveniência

Vê com olhos de ver o senhor e o servo

E lê no olhar daquele que te engana!

 

Trata bem a ovelha e o carneiro

O coelho e a galinha tonta

Porque não somos tão diferentes assim.

Gaiolas, currais, códigos de conduta,

Falo de ti, dele e de mim.

 

 Porém, um dia, essa história acaba

 E a verdadeira história vai começar!

 

Para apresá-lo rompe os laços d`aço

E dá aquele passo

Que dá carácter a um manequim!

 

Sê humano, sim,

Porém respeita as árvores,

As flores e os frutos,

E enxota o Mal

Que arde na alma dos brutos!

 

Por fim,

Deixa-te de ilusões tradias

E cultiva o teu jardim!

 

---------Nozes Pires----29/12/2022

 

 

 

 

 

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